terça-feira, 14 de agosto de 2012

Unidade em 3D




                                             Fotos: Rodrigo Azevedo


Todos os meus estudos, observações e passagens naturais a que está sujeito todo e qualquer ser humano em torno de sua própria existência e aos seus demais me levaram a um caminho de simplicidade na aplicação da forma estética de uma produção visual.

Penso que o ser humano é o seu maior desafio, penso também que entender o outro é o melhor ponto de partida para entender a si próprio e o contrário complementa esse entendimento.

Dentro de tantas teorias a prática se modifica e deturpa, se deforma e amplifica. Prazer é o que mais desejamos prazer em tudo, prazeres dos mínimos e satisfatórios aos orgásticos e gigantescos paralisantes.

Digamos que nossas dores sejam também desejosos, bem como os prazeres, gozos e vitórias... Digamos que somo mais cabeça (vontade pelo comando e satisfação do corpo e mente), mais sentimento e até quando não aparentamos portar qualquer ordem remorso, amor, carinho ou compaixão está tudo lá, somos novamente, cabeça.

Nosso corpo é apenas uma fina manifestação de nossas vontades, ágil, voraz e muitas vezes, aparentemente incontrolável, até que se recorde que pés se põem em posição invertida. O que os faz caminhar está acima. Grande e garbosa, torturante e pesada, portadora de todas as agonias, todas as satisfações e comandos.

Grande, muito grande, como um corpo frágil e aparentemente ligado a um “Clic” que viria seguido de um “Bum”.

Penda para baixo. Equilibre, então, a saliência e toda a falta jogo de pernas e movimentos de braços que o torna estranho e lânguido, independentemente da sua condição física de fato, todos portarão a mesma estética lúdica de ser apenas, o seu próprio experimento orgástico. 































domingo, 26 de fevereiro de 2012

IGUALITÁRIOS - Instalação & Documentário/ Exposição- Dannemann, Cachoeira-BA.

 Foto e Edição: Rick Van Pelt

O projeto igualitário partiu da vontade de entender os gestos, atitudes e vontades humanas, de entender os mecanismos das relações e as diferenciações que buscamos para nos destacar, identificar ou repelir. Nós, Humanos que tanta dificuldades de nos relacionarmos com nossa própria Raça e hora sabemos lidar com o que nos rodeiam e em outro momento parecemos negar a tudo o que de fato vemos, sentimos e até o que apalpamos. Somos simples como um abrir de olhos e tão complexos quanto o mecanismo que proporciona todo esse movimento.

O não saber lidar com essas relações, as nossas, as humanas me fez tentar entender tudo isso e que por uma característica minha de inquietude a escolha foi de não mais fugir desse confronto, pelo menos não de certa forma.

Nossos reconhecimentos como diferentes e por fim como iguais, como um beco sem saída de uma constatação óbvia, mas que levamos toda uma vida para descobrir.

Não se reconhecer como igual é como negar-se, é como negar fazer parte de um todo e assumir as diferenças, é reconhecer uma personalidade própria e se encaixar em mundos completantes pelas identificações, presumo eu.

"Nesse trabalho me deparei com todos esses conflitos e em como, então, eu deveria me expressar de forma plástica dentro desse entendimento, dentro das descobertas e o que se traduziria de uma forma materializada nossas diferenças. Igualdades de uma forma tão imutável tal como somos dentro desse contexto."

Foto: Rick Van Pelt



VIDEOINSTALAÇÃO


Foi realizado no Dannemann em Cachoeira, Recôncavo Baiano como trabalho final do projeto de Intercâmbio Artístico da Escola de Belas Artes da UFBA em comunhão com a Escola de Belas Artes de Minas a instalação final com a projeção de um mini documentário que foi produzido na cidade em que foi realizada na residência EM COMODO.

O mini documentário é o início de uma longa expedição que resultará em um documentário de reforço e complemento de um trabalho que ainda está em processo de maturação. A intenção é de mostrar sobre o olhar de cada um, sem determinações físicas, psíquicas, sociais, religiosas, econômicas, gêneros ou qualquer aspecto determinantemente excludente dos diversos aspectos que reforçam nossas igualdades. Colher esse material é mais que mostrar as falas de pessoas diferentes, é atestar por essas mesmas diferenças a igualdade entre todas elas, entre todos nós e em cada experiência de vida, cada história e ponto de vista uma nova prova de como nos identificamos com as pessoas e nos repelimos em situações ou gestos e por isso mesmo a comprovação de uma igualdade inerente a todo ser humano. Nossas ações pepetitivas.

Para cada depoimento, cada história, um novo igualitário. Uma peça individualmente construída com destaque para a forma como cada uma surge e se mantém em suas formas iguais nos formatos amplos e específicos no formato particular.

Exposição: Dannemann, Cachoeira - BA/ Fevereiro de 2012.
Foto: Rick Van Pelt


Videoinstalação Igualitários
Montagem: Júlia Bitencourt e Romário Oliveira / Foto: Rick Van Pelt


Exibição de (Mini) Documentário produzido na Cidade de Cachoeira- BA/ Recôncavo Baiano.
Documentário IGUALITÁRIOS por Matilde Santos



"Como um grande parceiro de trabalho Rick Van Pelt (fotógrafo e editor) andamos pelas ruas de Cachoeira (uma das principais cidades do Recôncavo Baiano) recolhendo esses depoimentos e conversando com algumas das pessoas da cidade. Esse mine documentário irá se transformar em um trabalho contínuo que aportará algumas das cidades da Bahia e do Brasil onde outros IGUALITÁRIOS irão surgir. Nessas próximas empreitadas, Juca Lordello (artista visual e escritor) se junta a nós, e em uma andança harmoniosa nos completará. Esses depoimentos são  base de cada construção de nossas pesquisas humanísticas para nossas construções plásticas e visuais."